Como usar o seguro de vida (ainda em vida)? Veja opções disponíveis e o que não tem cobertura
09/07/2024

Como usar o seguro de vida (ainda em vida)? Veja opções disponíveis e o que não tem cobertura

O seguro de vida é um dos produtos securitários mais conhecidos do Brasil. O segmento ganhou destaque na pandemia, pagando mais de R$ 6,5 bilhões em indenizações aos beneficiários de mais de 175 mil pessoas vitimizadas pela doença.

O produto é uma importante ferramenta para auxiliar as famílias a se recuperarem de instabilidades financeiras ocorridas após a morte do principal provedor, apontam os especialistas do setor. Mas esse seguro também permite a utilização, de diversas formas, ainda em vida, seja através de coberturas específicas ou por meio das assistências que podem vir como benefício.

Impactos da pandemia

Andreia Araújo, superintendente comercial nacional vida da EZZE Seguros, ressalta que houve uma mudança de comportamento das pessoas depois da pandemia. Antes, a existência das assistências que vinham como benefício no seguro de vida era um dos principais argumentos de venda do produto.

“A partir da pandemia nós nos vimos todos com a situação da morte de frente. Todo mundo perdeu um familiar ou algum amigo ou conhece alguém que perdeu. A morte parece que ficou de fato muito próxima de todos nós”, comenta Andreia, indicando que houve um aquecimento da demanda por conta do interesse das pessoas em conhecer e contratar o produto.

Bernardo Ferreira Castello, diretor de seguro de pessoas da Bradesco Vida e Previdência e membro da Comissão Atuarial da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), concorda e acrescenta que houve uma outra movimentação, também por conta da pandemia, no qual as pessoas já seguradas buscaram os corretores para revisar as suas apólices, avaliar se os valores de indenização eram adequados e se era necessário contratar alguma cobertura ou assistência adicional – para o pet ou residencial, por exemplo.

Proteções disponíveis

Os especialistas explicam que há diversas coberturas que podem ser utilizadas em vida. Uma delas é a de doenças graves, que paga uma indenização ao segurado caso ele descubra uma doença cardiovascular ou um câncer, entre outras enfermidades.

Nesses casos, a seguradora tem até 30 dias, após o recebimento da documentação comprobatória, para efetivar o pagamento do seguro ao usuário – que poderá usar o valor recebido como bem entender ou necessitar.

Castello ressalta que a pandemia fez com que muitas pessoas precisassem se “transformar” em trabalhadores autônomos, seja montando um negócio próprio ou trabalhando por meio de aplicativos. Para este público, tornaram-se atrativas coberturas como a diária por incapacidade temporária, que pode garantir a renda para a família em caso de um acidente que impossibilite o trabalho diário.

Ou, ainda, a cobertura de internação hospitalar, que serve para custear uma eventual internação causada também por um acidente ou uma doença. Para os casos em que não foi necessária uma internação, mas o indivíduo foi atendido e teve gastos, há a cobertura para custear as despesas médico-hospitalares. “As [coberturas para] rendas normalmente compreendem um período maior, mas as diárias também servem muito [para auxiliar nesses momentos]”, pontua o diretor da Bradesco Vida e Previdência.

O que não tem cobertura?

Os representantes das seguradoras explicaram que apesar de haver cobertura para diversas situações, há alguns “riscos” que são excluídos, ou seja, não revertem em indenização ao segurado quando ocorrem. Como, por exemplo, doenças pré-existentes, uma situação em que o segurado contrata o seguro de vida já sabendo da existência de alguma doença.

Estão excluídas ainda as ocupações de alto risco e as doenças relacionadas ao trabalho, como a LER (lesão por esforço repetitivo). 

Andréia explica que cada indivíduo tem necessidades específicas, por isso não faz sentido contratar todas as coberturas disponíveis. É preciso entender o perfil do segurado para adquirir o que funcionará para ele, inclusive em termos de custo. Porque o valor que o cliente vai pagar para ter o seguro dependerá das coberturas contratadas.

Entram, nesse cálculo, pontos como a idade, a profissão e quem depende dele. É essencial fornecer todas essas informações ao corretor de seguros que fará a intermediação entre o cliente e a seguradora para encontrar a melhor opção. “É quase como se fosse uma consulta médica”, pontua a executiva. Por isso também a importância de revisar periodicamente o que consta na apólice adquirida para adaptar conforme as mudanças no estilo de vida.

 

FONTE: Infomoney

 

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