O que é Investimento Estrangeiro Direto (IED) e como funciona?
19/04/2024

O que é Investimento Estrangeiro Direto (IED) e como funciona?

Se no passado a atuação dos investidores de cada país era limitada apenas ao território nacional, hoje a realidade é outra. Isso porque, com o desenvolvimento da internet e de novas tecnologias, outro tipo de aplicação se tornou bastante comum: o Investimento Estrangeiro Direto.

Esse tipo de investimento não é novo, mas continua muito vantajoso e representa uma ótima oportunidade para quem deseja diversificar a mentalidade do negócio, pois proporciona um grande número de benefícios. Entre eles, podemos destacar maiores chances de crescimento, melhora da rentabilidade e uma maior participação no mercado.

Apesar de ser um conceito simples, o investimento estrangeiro ainda desperta muitas dúvidas entre os profissionais. Se esse é o seu caso, este artigo é para você. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!

O que é investimento estrangeiro?

Conhecido pela sigla IED, o Investimento Estrangeiro Direto é uma aplicação de recursos financeiros feita por uma pessoa física ou jurídica de outro país em um empreendimento específico. Diferentemente de uma poupança externa, pela qual são efetuados investimentos no país em si, seu foco é uma empresa específica. 

Geralmente, o investimento ocorre quando um negócio do exterior cria filiais ou define joint ventures no Brasil. O objetivo é o crescimento dele ao receber a aplicação, além de abrir oportunidades para que os investidores explorem outras perspectivas de investimento. 

Com isso, podemos dizer que tal investimento é composto por capitais internacionais movimentados do exterior para o nosso país, sendo uma ótima opção para negócios que estão em busca de investidores.

O Banco Central do Brasil (Bacen) mensura os valores acumulados desse tipo de aplicação, conhecidos como estoque de investimento estrangeiro, e os divulga por meio do Relatório de Investimento Direto.

Quais as características do investimento estrangeiro?

Como destacamos, um IED é feito quando uma empresa ou investidores criam ou compram operações em outro país. Portanto, a sua principal característica é movimentar capitais internacionais, tendo como objetivo o investimento.

O investimento estrangeiro também prevê a permanência de recursos por um longo período, diferentemente da aplicação especulativa, retirada quando há alguma complicação ou imprevisto. Isso contribui diretamente para um aumento da capacidade produtiva na empresa que recebeu o investimento.

Vale destacar, ainda, que esse procedimento contribui para que os negócios nacionais sejam expostos a novas práticas e ideias. Com isso, há uma grande troca de experiências e um aumento do fluxo de exportações.

Quais as vantagens do investimento estrangeiro?

Existem diversos benefícios associados a esse tipo de investimento, que, quando somados, colaboram diretamente para o crescimento da empresa. A seguir, confira as principais vantagens.

Geração de empregos

Quando uma empresa do exterior investe em uma organização brasileira, um dos reflexos importantes é a melhora econômica da organização. Consequentemente, há um crescimento na geração de empregos e no fortalecimento da mão de obra local. Assim, tanto a empresa como a região onde ela atua são beneficiadas.

Transferência de capacidades técnicas

Como resultado do IED, há uma grande troca de ideias, práticas, experiências e, claro, capacidades técnicas. Isso pode levar a uma maior eficiência produtiva da organização, que tem a sua rentabilidade aumentada e os custos de produção reduzidos, além de ocorrer a qualificação dos colaboradores.

Transferência de tecnologias

Assim como ocorre a transferência de capacidades técnicas, o investimento estrangeiro ainda ajuda para que a empresa que recebeu o investimento consiga novas tecnologias e tenha ganhos em inovação. Isso acontece porque o negócio obtém um suporte tecnológico para acelerar o seu crescimento, o que leva à automação e evolução da infraestrutura.

Geração de fluxo de capitais

Dependendo da região onde uma empresa atua ou de seu segmento, encontrar investidores locais pode ser uma tarefa difícil. No caso de países em desenvolvimento, os desafios são ainda maiores. Mas isso não é um problema para o investimento estrangeiro, pois ele é uma ótima saída para quem precisa de fluxo de capitais para crescer e encontrar aporte financeiro mesmo fora do próprio país.

Como contar com esse tipo de investimento?

Qualquer empresa brasileira pode obter investimento estrangeiro, seja de um pessoa física ou jurídica não residente no Brasil. Fusões, aquisições, aberturas, expansões e reinvestimentos de lucros auferidos são as modalidades mais comuns.

Antes de tudo, para um planejamento adequado, é imprescindível contar com o apoio de uma empresa especializada na implementação de investimentos estrangeiros. Confira algumas informações essenciais para conseguir essa aplicação:

- ingresso de capital estrangeiro — deve ser efetuado de maneira formal por meio de um sistema bancário, respeitando as restrições e critérios específicos (empresas estrangeiras, por exemplo, não podem adquirir terras rurais, participar de lançamentos de veículos e aeronaves, entre outros);

- registro — antes de fazer o investimento, a empresa estrangeira precisa realizar um registro junto ao Sistema de Informações do Banco Central (Sisbacen) e no Sistema de Registro de Investimento Estrangeiro Direto (RDE-IED);

- tributação — apenas um tributo incide sobre o capital estrangeiro que vem para o Brasil. Trata-se do Imposto de Operações de Crédito, Câmbio e Seguros ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF), cuja alíquota é de 0,38%;

- repasse de capital estrangeiro — quando uma empresa brasileira recebe um investimento estrangeiro, é necessário que ela informe ao Banco Central alguns dados cruciais, o que também é feito pelo RDE-IED. Entre eles estão o investimento inicial, o capital social integralizado, a atualização do patrimônio líquido, as declarações econômico-financeiras e as movimentações;

- penalidades — o envio incorreto, incompleto ou fora dos prazos da documentação pode gerar uma multa de até R$ 250 mil.

O Investimento Estrangeiro Direto é uma opção bem interessante para empresas que desejam crescer e melhorar seus resultados. Se você acredita que seu negócio é interessante para investidores de outro país, o ideal é montar um plano de negócios bem estruturado, estar aberto a investimentos — como a aplicação estrangeira e corporate venture, por exemplo — e reunir materiais que evidenciam as oportunidades do seu empreendimento.

 

FONTE: Amcham

 

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